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Mais um pouco de informação adicional ao evento do passado sábado, dia 23 de Janeiro do ano da graça de 2010...
José Luís Peixoto @ Graveyard Session - 23/01/10
Nascido no ano da Revolução, em Galveias, José Luís Peixoto publicou o seu primeiro trabalho, de nome Morreste-me, em 2000. No mesmo ano veio a publicar uma novela - Nenhum Olhar.
Desde então, o escritor e poeta lançou mais dois trabalhos de poesia - A criança em Ruínas e A Casa, a Escuridão - e duas novelas - Uma Casa na Escuridão e Cemitério de Pianos. No seu reportório encontra-se também um livro de contos - Antídoto.
Morreste-me e Nenhum Olhar foram aclamados pela crítica nacional e lidos por milhares de pessoas, indo além fronteiras com o passar do tempo, com várias traduções na Europa. Em 2001, a sua primeira novela - Nenhum Olhar - recebeu o prémio literário José Saramago e encontra-se agora traduzida em 14 línguas, tendo sido até publicada no Japão!
Capa da edição no Reino Unido
Uma Casa na Escuridão e A Casa, a Escuridão foram publicadas em conjunto, em 2002; Contudo, as obras são trabalhos separados, apenas as unindo algumas características comuns, nomeadamente as personagens e a sua realidade.
Em 2003, José Luis Peixoto trabalhou em parceria com Moonspell, da qual resultou o livro Antídoto, publicado conjuntamente com o album de mesmo nome lançado pela banda. São trabalhos que, apesar de autónomos, partilham o mesmo imaginário.
2006 abre caminho para Cemitério de Pianos, a história de amor, vida e morte do maratonista Francisco Lázaro e a sua família ficcional. Mais um caso de sucesso, esta novela vendem mais de 20.000 exemplares em Portugal e espalhou-se pela Europa e Brasil.
Jose Luis Peixoto conta com participações num vasto leque de revistas e antologias portuguesas e internacionais. Além de se escrever prosa e poesia, encontra-se frequentemente envolvido em projectos de dança e teatro, contando já com três peças de sua autoria. A sua relação com omundo da música também é bastante frutífera, escrevendo letras para vários artistas, incluindo: Da Weasel e Quinta do Bill.
Com página pessoal oficial em http://joseluispeixoto.net/ - em breve...
José Luís Peixoto @ Graveyard session - 23/01/10
Eu realmente peço desculpa por as fotos serem um pouco parecidas (ou iguais...) demais, mas é que o nosso amigo declamador não se mexeu lá muito e se quisesse cá meter fotos diferentes só podia meter uma... Assim fica uma ao longe, uma ao perto, e uma ao meio termo, para fazer de conta que são diferentes... Este foi o momento de pausa na noite sábado, entre os concertos e a abertura "oficial" da pista de dança. O acompanhamento sombrio fez-se soar por Electrólise e criou o ambiente pefeito para a declamação feita por José Luís Peixoto. Um poema comprido, ou vários poemas seguidos, confesso que não sei, mas a leitura não foi interrompida por intervalos muito longos, apenas por breves segundos respiratórios. A temática essa foi aquela que seria de esperar, afinal ninguém contava que se falasse de flores, salvo aquelas que jazem nos jarros das campas...
Diz-se por aí que os poetas são maus declamadores e que o José Luís Peixoto não faz parte das honrosas excepções a esta regra , mas isso fica ao critério de cada um dos que estiveram presentes e de quem se quiser incomodar com essas coisas técnicas...
A mim ficou-me na memória um verso final, dos vários finais que houve seguidos, que reza qualquer coisa como isto:
"E agora é preciso um cemitério do tamanho do mundo, pois foi o mundo inteiro que morreu..."
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